Agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí apreenderam nesta terça-feira (17), em quatro endereços da deputada Flordelis (PSD-RJ), celulares, computadores e documentos relevantes que possam auxiliar nas investigações sobre a morte do pastor Anderson do Carmo de Souza, de 41 anos. A ação teve a finalidade de recolher provas sobre o assassinato do pastor, marido da deputada.
O crime ocorreu na casa da família, na madrugada do dia 16 de junho, após o pastor retornar para casa, de carro, em companhia da mulher. Anderson foi atingido por mais de 30 tiros na garagem da casa, quando retornou ao carro para apanhar algo que tinha esquecido, e morreu momentos depois de chegar ao hospital.
Na ação desta terça-feira, os policiais estiveram no apartamento funcional de Flordelis, na Asa Norte, em Brasília, onde a neta de Flordelis, Rayane dos Santos, de 26 anos,reside com o marido. A titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Bárbara Lomba, encarregada do inquérito, esteve no apartamento da parlamentar, onde apreendido o celular de Rayane. Já o celular de Flordelis foi apreendido na casa da família em Niterói.
Os policiais estiveram também em um escritório da parlamentar no bairro da Freguesia, em Jacarepaguá, e no gabinete funcional de Flordelis, na Rua Primeiro de Março, no centro do Rio. Outra neta de Flordelis, Lorraine dos Santos, irmã de Rayane, também teve o telefone celular apreendido na ação.
Na última segunda-feira (16), quando se completou três meses da morte do pastor, Flordelis postou em uma rede social: “Só o amor nos faz olhar pra frente... Já se passaram três meses que você se foi, meu amor. Que saudade! Cadê você aqui para me proteger nesse momento difícil? Você sempre foi meu guardião! Eu prometo que vou dar continuidade ao seu legado aqui na terra. Te amo”, diz a mensagem.
Sobre as ações de busca e apreensão em quatro endereços de Flordelis, a assessora de imprensa da deputada, Livia Andrade ressaltou que tudo faz parte da investigação, e é um processo delicado. "Qualquer posicionamento cabe à polícia exclusivamente."