O presidente russo, Vladimir Putin, concordou que a nova ajuda humanitária do país para o leste separatista da Ucrânia seja entregue sob a supervisão da Cruz Vermelha, com a aprovação das autoridades ucranianas, afirmou o Kremlin.
"Esta ajuda será entregue sob a vigilância da Cruz Vermelha e em plena coordenação com as autoridades ucranianas", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, em uma entrevista à agência Itar-Tass.
"A necessidade de entregar uma ajuda humanitária em consequência do agravamento da catástrofe humanitária no leste da Ucrânia foi abordada durante a reunião regional de Minsk", completou o porta-voz.
Putin e o presidente ucraniano Petro Poroshenko participaram na reunião na terça-feira.
Durante o encontro, Putin acusou Poroshenko de "negar a complexidade da situação humanitária, que não pode ser descrita de outra forma que catastrófica".
Também disse que falou sobre a "possibilidade e a necessidade de uma ajuda humanitária em Donetsk e em Lugansk", redutos pró-Rússia do leste da Ucrânia onde mais de 2.200 pessoas morreram desde abril em combates entre separatistas e o exército ucraniano.
Na segunda-feira, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, anunciou o envio de um segundo comboio humanitário russo e que Moscou enviou a Kiev uma nota oficial sobre o tema.
O primeiro comboio, que segundo Moscou transportava 1.800 toneladas de ajuda, atravessou a fronteira na sexta-feira e chegou a Lugansk sem autorização ucraniana ou verificação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Kiev denunciou uma "invasão direta" russa após a entrada do comboio em seu território.