Ao analisar as amostras obtidas no início da epidemia em Serra Leoa e compará-las às de surtos anteriores, os cientistas conseguiram dados para estudar a taxa de evolução e entender o padrão de difusão do ebola, segundo um dos autores, Kristian Andersen, da Universidade de Harvard (Estados Unidos).
“Entender como o vírus muda é central para desenvolver vacinas e terapias. O alvo para isso podem ser partes específicas do genoma viral, que podem mudar durante os surtos, ou entre um surto e outro - como acontece com o vírus da gripe”, declarou.
De um total de 395 mutações encontradas no vírus, mais de 340 distinguiam o surto atual dos anteriores. Segundo Andersen, não é possível saber isso tem relação com a virulência da epidemia de 2014. “É cedo para concluir se isso torna o vírus diferente em termos biológicos ou clínicos. Vamos ter de estudar mais, fazendo experimentos e investigações epidemiológicas.”