Capacetes Azuis da ONU detidos nas Colinas de Golã por grupos armados rebeldes foram libertados em massa na tarde deste sábado, enquanto parecia incerto o destino de outros 110, ainda mantidos em cativeiro - constatou a AFP.
Os 32 soldados faziam parte de um contigente de 72 Capacetes Azuis situados em duas diferentes localidades na área.
Muitos disparos com armas de fogo e foguetes foram escutados na manhã deste sábado na zona que separa a parte de Golã ocupada por Israel da Síria e onde estariam os Capacetes Azuis da Undof, Forças da ONU encarregadas de observação, informou uma fotógrafa da AFP.
Soldados irlandeses da Undof, encarregada de monitorar a linha de armistício entre Israel e Síria, participaram de uma operação de evacuação de soldados da ONU durante os combates, disse o exército irlandês em comunicado.
"Forças irlandesas garantiram a segurança de um comboio para possibilitar a retirada das tropas da Undof e escoltá-los até a base do acampamento Faouar", situada no lado sírio da linha de armistício, afirmou o texto.
O exército israelense, que fechou a zona e reforçou suas tropas nos arredores de onde ocorrem os combates, segundo um fotógrafo da AFP, recursou dar explicações sobre o destino dos Capacetes Azuis.
Vários Capacetes Azuis armados, cujas nacionalidades não puderam ser identificadas, deixaram a zona de combates nesta tarde a bordo de um veículo controlado pelo exército israelense no sul de Quneitra, na Síria, contatou um jornalista da AFP.
Sob anonimato, os soldados afirmaram que uma parte do contingente filipino retido foi evacuada, e outra parte já não estava nas mãos dos rebeldes, mas ainda esperava melhores condições de segurança para atravessar até a parte de Golã controlada por Israel.
A ONU havia anunciado na última quinta-feira que 81 Capacetes Azuis filipinos, número revisado em seguida para 72, estavam bloqueados em duas regiões de Golã.