Estado Islâmico ameaça 'destronar' Putin por seu apoio ao regime sírio

O grupo também ameaçou desencadear uma "guerra no Cáucaso russo, a fim de libertá-lo"
Da AFP
Publicado em 03/09/2014 às 18:29
O grupo também ameaçou desencadear uma "guerra no Cáucaso russo, a fim de libertá-lo" Foto: Foto: AFP


O Ministério Público russo pediu nesta quarta-feira (3) a restrição ao acesso a um vídeo postado no YouTube pelo Estado Islâmico (EI), que ameaça "destronar" Vladimir Putin em razão do apoio de Moscou ao regime sírio.

O grupo também ameaçou desencadear uma "guerra no Cáucaso russo, a fim de libertá-lo".

Um pedido para restringir o acesso a um vídeo contendo "ameaças de terrorismo e de eclosão de uma guerra no Cáucaso do Norte" foi enviado nesta quarta-feira à Agência russa de Monitoramento dos Meios de Comunicação (Roskomnadzor), indicou o órgão em um comunicado.

Uma investigação por ameaça de ato terrorista e apelo público para violar a integridade territorial da Rússia também pode ser aberto, segundo a fonte.

Os jihadistas do EI postaram na terça-feira no Youtube um vídeo no qual é possível ver um avião de guerra fornecido, segundo eles, pela Rússia ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad.

"Esta é uma mensagem para você, Vladimir Putin, estes aviões que você enviou para Bashar, vamos enviá-los para você, se Deus quiser", diz um dos jihadistas neste vídeo gravado em árabe e com legenda em russo. A Rússia é o principal aliado de Damasco, a quem fornece armas.

"E nós vamos libertar a Chechênia e todo o Cáucaso, se Deus quiser. Teu trono está ameaçado e ele vai cair quando chegarmos a sua casa", acrescenta o militante do EI.

Após a primeira guerra da Chechênia (1994-1996) entre os separatistas e as forças federais russas, a rebelião se islamizou gradualmente até se tornar na década de 2000 em um movimento islamita armado ativo em todo o Cáucaso do Norte.

O EI, que proclamou um califado em vastas regiões conquistadas nos últimos meses no Iraque e na Síria, reivindicou a recente decapitação de dois jornalistas americanos, James Foley e Steven Sotloff.

O grupo também ameaçou matar um terceiro refém, um britânico identificado como David Cawthorne Haines.

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