O relatório anual da Comissão Executiva na China divulgado nesta quinta-feira (9) afirma que os direitos humanos na China pioraram em áreas cruciais no último ano e que os limites ao discurso livre e a capacidade de se reunir aumentaram.
De acordo com o documento, o país tem aumentando as restrições à sociedade civil, advogados de direitos humanos, jornalistas e organizações religiosas. O relatório também citou que o presidente chinês, Xi Jinping, aderiu ao "modelo autoritário de seus antecessores" desde que assumiu o poder em 2013.
O modelo "coloca um sério desafio para as relações da China e para o próprio desenvolvimento do país", diz o relatório. O documento recomenda que os EUA pressionem para que haja maior liberdade na China, incluindo mudanças na permissão de vistos a oficiais chineses.
"Os direitos humanos e a execução das condições de lei em toda a China não melhoraram no ano passado e declinaram em algumas áreas", diz o documento. "O governo chinês e o Partido Comunista continuam a enfatizar o controle autoritário na expansão de direitos humanos e na condução da lei".
É demandando que o comitê independente elabore um relatório anual, mas o órgão não tem poder para estabelecer políticas.
Advogados de direitos humanos denunciaram o que chamam de repressão de divergências pelo governo chinês, que atingiu advogados de grupos minoritários e pró-democracia. O documento listou diversas pessoas que foram presas, incluindo o professor Ilham Tohti, que defendia a minoria Uighur e foi condenado a pena de morte no último mês, sob acusações de separatismo. Fonte: Associated Press.