Paris

Conselho do Culto Muçulmano condena atentado contra revista francesa

Reitor da Grande Mesquita de Paris Dalil Boubakeur planeja visitar durante a tarde o local da tragédia

Da AFP
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Publicado em 07/01/2015 às 12:17
Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
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O Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM) condenou nesta quarta-feira como um ato de barbárie o atentado de inspiração islamita contra a revista satírica Charlie Hebdo em Paris, que deixou ao menos 12 mortos.

"Este ato bárbaro de uma extrema gravidade também é um ataque contra a democracia e a liberdade de imprensa", afirma em nome dos "muçulmanos da França" esta instância representativa da comunidade muçulmana mais numerosa da Europa, formada por entre 3,5 e 5 milhões de pessoas.

Seu presidente, o reitor da Grande Mesquita de Paris Dalil Boubakeur, planeja visitar durante a tarde o local da tragédia, segundo pessoas próximas.

O atentado cometido por dois homens encapuzados e fortemente armados deixou ao menos 12 mortos e dizimou a redação da Charlie Hebdo. Segundo testemunhas, os agressores gritaram "vingamos o profeta!".

O CFCM expressa sua solidariedade com as vítimas e suas famílias "ante este drama de importância nacional".

"Em um contexto internacional político de tensões alimentadas pelos delírios de grupos terroristas que se valem injustamente do Islã, convocamos todos os que estão atados aos valores da República e da democracia a evitar as provocações que só servem para jogar mais lenha na fogueira", prossegue.

O Conselho convoca, por sua vez, a "comunidade muçulmana a se mostrar vigilante diante das eventuais manipulações de grupos com intenções extremistas, sejam quais forem".

Em outro comunicado, a União de Organizações Islâmicas da França (UOIF), próxima à Irmandade Muçulmana, condenou "da maneira mais firme este ataque criminoso e estes horríveis assassinatos".

Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
Um atentado na sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo" deixou 12 mortos nesta quarta-feira - Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
ANNE GELBARD  AFP
Homens armados foram vistos próximos aos policiais - ANNE GELBARD AFP
Foto: BERTRAND GUAY / AFP
O periódico já havia sido objeto de ameaças no passado por ter publicado caricaturas de Maomé - Foto: BERTRAND GUAY / AFP
Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
O presidente da França, François Hollande, chamou o ataque de terrorista - Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
Foto: MARTIN BUREAU / AFP
O ministro francês Bernard Cazeneuve esteve no local - Foto: MARTIN BUREAU / AFP
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Um atentado na sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo" deixou 12 mortos nesta quarta-feira - Foto: MARTIN BUREAU / AFP
Foto: Philippe Dupeyrat / AFP
Um atentado na sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo" deixou 12 mortos nesta quarta-feira - Foto: Philippe Dupeyrat / AFP
Foto: Philippe Dupeyrat / AFP
Um atentado na sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo" deixou 12 mortos nesta quarta-feira - Foto: Philippe Dupeyrat / AFP

Professor da UFPE que mora em Paria conta momentos de tensão vividos na cidade durante atentado

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