O Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM) condenou nesta quarta-feira como um ato de barbárie o atentado de inspiração islamita contra a revista satírica Charlie Hebdo em Paris, que deixou ao menos 12 mortos.
Leia Também
- Dilma condena ato de barbárie contra revista francesa
- Três criminosos envolvidos no ataque contra revista francesa
- Charlie Hebdo, a revista irreverente e ameaçada pelas charges de Maomé
- Poças de sangue diante de revista fazem Paris recordar atentados passados
- Obama condena o ataque terrorista contra revista francesa
- Quatro chargistas de renome mortos no ataque à revista francesa
- Merkel condena atentado contra revista francesa
- EUA e UE condenam ataque terrorista contra revista francesa
- Hollande: ataque à revista é atentado terrorista de excepcional barbárie
- Prédio do jornal espanhol El País esvaziado por objeto suspeito
- Jornal dinamarquês que fez charges de Maomé tem segurança reforçada
- Otan chama de ''ato bárbaro'' ataque a jornal francês
- David Cameron considera ''revoltante'' ataque contra jornal francês
- Atentado mata 12 em jornal de Paris
"Este ato bárbaro de uma extrema gravidade também é um ataque contra a democracia e a liberdade de imprensa", afirma em nome dos "muçulmanos da França" esta instância representativa da comunidade muçulmana mais numerosa da Europa, formada por entre 3,5 e 5 milhões de pessoas.
Seu presidente, o reitor da Grande Mesquita de Paris Dalil Boubakeur, planeja visitar durante a tarde o local da tragédia, segundo pessoas próximas.
O atentado cometido por dois homens encapuzados e fortemente armados deixou ao menos 12 mortos e dizimou a redação da Charlie Hebdo. Segundo testemunhas, os agressores gritaram "vingamos o profeta!".
O CFCM expressa sua solidariedade com as vítimas e suas famílias "ante este drama de importância nacional".
"Em um contexto internacional político de tensões alimentadas pelos delírios de grupos terroristas que se valem injustamente do Islã, convocamos todos os que estão atados aos valores da República e da democracia a evitar as provocações que só servem para jogar mais lenha na fogueira", prossegue.
O Conselho convoca, por sua vez, a "comunidade muçulmana a se mostrar vigilante diante das eventuais manipulações de grupos com intenções extremistas, sejam quais forem".
Em outro comunicado, a União de Organizações Islâmicas da França (UOIF), próxima à Irmandade Muçulmana, condenou "da maneira mais firme este ataque criminoso e estes horríveis assassinatos".
Professor da UFPE que mora em Paria conta momentos de tensão vividos na cidade durante atentado