investigação

Justiça acusa homem que emprestou arma a promotor argentino

Alberto Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, menos de uma semana depois de ter feito uma denúncia contra Cristina Kirchner

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Publicado em 26/01/2015 às 18:05
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Diego Lagomarsino, o dono da pistola usada na morte do Alberto Nisman, foi acusado pela Justiça argentina por ter emprestado a arma ao promotor. Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, menos de uma semana depois de ter feito uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner por supostamente ocultar os suspeitos de um atentado terrorista de 1994.

A pistola Bersa que pertence a Lagomarsino foi achada ao lado do corpo do promotor. As perícias indicaram que a bala e a cápsula partiram da arma.

Em comunicado, a investigadora do caso, Viviana Fein, informa que entregar uma arma de fogo a quem não é seu usuário legítimo é um crime. Quem responde por esse tipo de crime está sujeito a até seis anos de prisão.

Lagomarsino, um técnico de informática, trabalhava com Nisman desde 2007. Em depoimento, ele afirmou que o promotor o chamou no dia 17 de janeiro, um sábado, e pediu que lhe emprestasse a arma por uma semana. Calcula-se que o promotor tenha morrido por volta das 12h do dia seguinte.

CÂMERAS DE SEGURANÇA
No mesmo comunicado, a promotoria informa que "começou o trabalho de análise de todos os registros das câmeras de segurança" do edifício onde Nisman vivia e foi encontrado morto. Segundo o texto, as imagens têm problemas.
Também se espera o resultado da análise do DNA do sangue que foi encontrado no apartamento.

CASO
O promotor Alberto Nisman foi encontrado morto quatro dias depois de denunciar a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e colaboradores do governo argentino por supostamente organizarem um plano para encobrir os acusados pelo maior atentado terrorista da história do país, o ataque à sede de uma associação israelita em Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos.

Os suspeitos pelo atentado são iranianos. Em 2013, o governo argentino fez um pacto com o Irã que, segundo Nisman, supostamente livraria os suspeitos pelo atentado.

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