O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aprovou nesta segunda (9) uma ordem executiva que classifica a Venezuela como uma ameaça à segurança nacional e que sanciona sete pessoas ligadas ao governo de Nicolás Maduro.
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"As autoridades que, no passado e no presente, violaram os direitos humanos dos cidadãos da Venezuela e estiveram envolvidas em atos de corrupção não serão bem-vindas nos Estados Unidos. [Com a ordem executiva], agora temos as ferramentas para bloquear o uso que elas fazem do sistema financeiro americano", disse o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest em um comunicado.
Com a ordem executiva, as autoridades sancionadas -Antonio José Benavides Torres, Gustavo Enrique González López, Justo José Noguera Pietri, Katherine Nayarith Haringhton Padron, Manuel Eduardo Pérez Urdaneta, Manuel Gregorio Bernal Martínez e Miguel Alcides Vivas Landino- não poderão entrar nos Estados Unidos e terão os bens que possuem no país bloqueados ou congelados.
"Estamos muito preocupados com as atitudes do governo venezuelano de intimidação de seus oponentes políticos. Os problemas da Venezuela não podem ser resolvidos por meio da criminalização da dissidência", diz o comunicado, que também pede a libertação dos oposicionistas Leopoldo López, Daniel Ceballos e Antonio Ledezma.
"Vimos muitas vezes como o governo venezuelano tentou encobrir suas próprias ações culpando os Estados Unidos e outros membros da comunidade internacional. Essa atitude reflete falta de seriedade por parte do governo da Venezuela para lidar com a grave situação pela qual passa o país."
RELAÇÃO DETERIORADA
O anúncio desta segunda soma-se a uma série de episódios que mostram a deterioração dos laços entre Venezuela e Estados Unidos.
Recentemente, Maduro ordenou a redução de 100 para 17 o número de funcionários diplomáticos americanos autorizados a trabalhar na Venezuela e tornou obrigatória a obtenção de visto pelos cidadãos dos EUA que queiram viajar ao país.
Os dois países não são representados em nível de embaixador desde 2010.