Falha em pá de helicóptero pode explicar acidente que matou filho de Geraldo Alckmin

Thomaz Rodrigues Alckmin, 31, e mais quatro pessoas, morreram nessa quinta-feira (2), em Carapicuíba
Da Folhapress
Publicado em 03/04/2015 às 13:03
Thomaz Rodrigues Alckmin, 31, e mais quatro pessoas, morreram nessa quinta-feira (2), em Carapicuíba Foto: Foto: Reprodução/Facebook


Segundo especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo, uma falha em uma das pás do helicóptero pode ajudar a explicar o acidente que matou na última quinta-feira (2), em Carapicuíba, o filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Rodrigues Alckmin, 31, e mais quatro pessoas.

Para os pilotos e especialistas, a perda total ou até mesmo parcial de uma das pás que sustentam o helicóptero é o pior dano que pode ocorrer durante um voo. O defeito também poderia a ajudar a entender o motivo pelo qual o helicóptero caiu subitamente em uma trajetória horizontal. As imagens do momento da queda foram captadas por uma câmera de monitoramento.

"Se fosse algum outro defeito, como uma falha de motor, o helicóptero ainda teria o mínimo de sustentação para pousar com relativo controle. O que se vê não é isso. Pelas imagens, o helicóptero caiu como um tijolo, sem sustentação nenhuma", diz Carlos Camanho, analista de segurança de voo.

As imagens do acidente ainda sugerem que um objeto caindo logo após o helicóptero. Segundo especialistas, o objeto pode ser parte da pá solta. A pá foi localizada quebrada próximo ao acidente.

Além de Thomaz Rodrigues Alckmin, 31, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, 53, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, 42, Erick Martinho, 36 e Leandro Souza, 34.

O ACIDENTE

Na tarde de quinta, a aeronave caiu sobre uma residência dentro de um condomínio na estrada da Fazendinha, em uma área nobre de Carapicuíba. O helicóptero estava registrado em nome da Seripatri Participações, do empresário José Seripieri Junior, também dono da empresa Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos.

Carlos e Paulo eram funcionários da Seripatri, enquanto Erick e Leandro trabalhavam para a Helipark, empresa de manutenção de aeronaves. Segundo a Seripatri, o piloto tinha mais de 30 anos de experiência.

Thomaz trabalhava na rede de farmácias Farmaconde, de São José dos Campos. Ele era piloto do helicóptero da empresa, que estava em manutenção há cerca de vinte dias no mesmo local que o aparelho acidentado.

Acabou aceitando voar na aeronave da Seripatri, como convidado dos tripulantes e dos mecânicos.

Este helicóptero estava em fase de testes e revisão. Ele havia decolado de um heliponto em Carapicuíba e faria um voo experimental, retornando ao ponto de origem.

A aeronave é a de modelo EC 155 B1, fabricada pela Eurocopter France, prefixo PPLLS.

Uma equipe do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa-4) foi enviada para investigar as causas da queda da aeronave.

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