O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) confirmou nesta quarta-feira a prisão perpétua para o general sérvio-bósnio Zdravko Tolimir, braço direito do chefe miitar bónsio Ratko Mladic durante a matança de Srebrenica e culpado de genocídio.
Zdravko Tolimir era o chefe da inteligência e da segurança das forças militares sérvio-bósnias (VRS), lideradas por Mladic.
Em 12 de dezembro de 2012, o TPII condenou Tolimir à prisão perpétua por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
É um dos poucos condenados por genocídio no tribunal de Haia, já que se trata do crime mais grave no direito penal internacional, e também um dos mais difíceis de provar.
Ele foi condenado principalmente por seu papel no massacre de Srebrenica em julho de 1995, pouco antes do final da guerra da Bósnia (1992-1995). As VRS mataram cerca de 8.000 homens e crianças nesse encrave do leste da Bósnia.
Em Sarajevo, os membros da associação das "Mães de Srebrenica" celebraram o veredicto considerado histórico, segundo a representante Zumra Sehomerovic.
"É uma mensagem importante para quem continua negando esse crime. Essa sentença os convida a reconhecer a verdade e a entregar todos os criminosos que participaram nos fatos", acrescentou.
O TPII indiciou 20 pessoas pelo massacre de Srebrenica, entre eles o general Mladic, de 73 anos, e o chefe político dos sérvios-bósnios, Radovan Karadzic, de 69.
A guerra da Bósnia deixou mais de 100.000 mortos e dois milhões de refugiados e deslocados.