O ataque realizado neste fim de semana pelo grupo islamita Boko Haram em Gubio, no nordeste da Nigéria, matou 37 pessoas, de acordo com dados revistos por milicianos, que relataram 400 casas incendiadas.
Esse novo balanço foi comunicado a Kashim Shettima, governador do estado de Borno, que visitou o local do ataque para avaliar a situação.
"Os terroristas mataram 37 pessoas, incluindo dois rapazes", disse Bukar Mondama, chefe da milícia.
Testemunhas e o exército indicaram no domingo (24) que vários civis foram mortos e muitas casas foram incendiadas durante o ataque do Boko Haram em Gubio.
Os insurgentes invadiram a cidade, localizada 95 km ao norte de Maiduguri, capital do estado de Borno, em caminhões e motocicletas na madrugada de domingo, segundo testemunhas.
"Eles destruíram mais de 400 estruturas, incluindo oito mesquitas, quatro escolas, a secretaria do governo local, 22 veículos e várias motocicletas", disse Mondama.
Suas palavras foram confirmadas por outro miliciano, Modu Yusuf, que também se reuniu com Shettima.
O governador do estado de Borno prometeu uma indenização para as famílias das vítimas, evocando a reconstrução de casas e escolas.
"Vocês têm que perseverar. (...) Os terroristas nunca vão vencer. Vamos derrotá-los", disse o governador aos sobreviventes do ataque.
Os membros do grupo islamita já haviam invadido Gubio em novembro 2014, antes de serem expulsos pelo exército e as milícias que guardavam a cidade.
Os exércitos de vários países vizinhos da Nigéria - Chade, Camarões e Níger - apoiam a operação militar nigeriana contra o grupo Boko Haram.
Apesar dos sucessos militares e da retomada de cidades nas mãos dos extremistas, os ataques do Boko Haram continuam principalmente no nordeste do país.