As primeiras 44 vítimas do total de 150 da tragédia com o Airbus da companhia Germanwings nos Alpes franceses, em 24 de março, começaram a ser repatriadas nesta terça-feira (9) para a Alemanha.
Um avião fretado pela Lufthansa, a matriz da Germanwings, decolou às 21H03 (locais, 16H03 de Brasília) do aeroporto de Marignane, perto de Marselha, no sul da França, com destino a Düsseldorf (Alemanha), onde tinha previsto aterrissar às 22H30 (locais, 17H30 de Brasília).
O voo decolou dois dias antes de um encontro previsto para esta quinta-feira, em Paris, entre o procurador de Marselha, Brice Robin, e os familiares das vítimas, para falar sobre a identificação e a repatriação dos corpos das mesmas.
Na semana passada, as famílias dos 16 estudantes mortos na catástrofe, procedentes da cidade de Haltern am See (oeste da Alemanha) escreveram à Lufthansa para manifestar sua irritação com a demora da empresa alemã em repatriar os corpos.
O prefeito de Prads-Haute-Bléone, Bernard Bartolini, que assinou os 150 atestados de óbito, tinha declarado que houve alguns erros tipográficos em "nomes estrangeiros", embora isto não tenha "bloqueado nada em absoluto".
Após este primeiro voo especial para Düsseldorf, "o restante das vítimas será repatriado aos seus países de origem nas próximas semanas", acrescentou a Lufthansa.
"As autoridades francesas trabalham duro" para resolver as formalidades necessárias para a repatriação das vítimas "o mais rapidamente possível", informou a empresa, que assegurou estar "em contato estreito" com os familiares para responder aos seus "desejos concretos" no que diz respeito à transferência dos restos.
No mês passado, os investigadores acabaram de identificar os restos das 150 pessoas que estavam no avião, que o copiloto alemão de 27 anos, Andreas Lubitz, jogou intencionalmente contra os Alpes, enquanto a aeronave fazia o trajeto Barcelona-Düsseldorf.