Um sírio, culpado de tráfico de drogas, e um saudita, condenado por assassinato, foram decapitados nesta segunda-feira (15) na Arábia Saudita, aumentando para 100 o número de execuções desde o início do ano.
O sírio Ismael al-Tawn foi detido quando tentava "introduzir clandestinamente um importante volume de anfetaminas no reino" saudita, indicou o ministério do Interior, segundo a agência oficial SPA.
A execução ocorreu na região setentrional de Jawf.
O saudita Rami al-Khaldi, condenado à pena capital por ter assassinado a facadas uma pessoa em uma briga, foi decapitado na região ocidental de Taef.
Desde 1º de janeiro deste ano foram realizadas 100 execuções, contra 87 em todo o ano de 2014, segundo um balanço da AFP.
Assassinato, estupro, roubo a mão armada, apostasia e tráfico de drogas são punidos com a pena de morte no reino ultraconservador saudita, regido por uma versão rigorosa da lei islâmica.
O ministro saudita do Interior justifica as decapitações dizendo que elas têm um poder dissuasivo.
No mês passado, Christof Heyns, relator especial da ONU sobre as execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, disse que o uso recorrente e em aumento da pena de morte na Arábia Saudita vai contra a tendência mundial.