A rainha Elizabeth II e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, liderarão nesta segunda-feira (15) as celebrações do 800º aniversário da Carta Magna, o documento que estabeleceu as bases da democracia parlamentar no Ocidente.
Os atos principais serão realizados em Runnymede, no sul da Inglaterra, onde um antecessor distante de Elizabeth II, o rei John - mais conhecido como João Sem Terra porque perdeu suas posses na França -, assinou, em 15 de junho de 1215, este documento que colocava pela primeira vez a lei acima do monarca.
Uma réplica do texto viajou no sábado (13) pelo rio Tâmisa a bordo da barcaça real "Gloriana", à frente de uma flotilha de 200 barcos.
A Carta Magna tem apenas 3.500 palavras, mas é amplamente reconhecida como o primeiro texto ocidental que protege os direitos individuais e as liberdades, e serviu de inspiração a Constituições como a americana.
O documento foi redigido pelo arcebispo de Canterbury e assinado pelo rei John em uma tentativa de aplacar a fúria da nobreza por sua incompetência e seus abusos.
O documento foi anulado pelo Papa nove semanas mais tarde, argumentando que o rei o assinou sob coação, mas foi recuperado depois da morte de John.
Sobrevivem quatro cópias da época, duas na Biblioteca Britânica e uma nas catedrais de Lincoln e Salisbury.