A chuva torrencial na Índia, durante dias seguidos, deixou cerca de 180 mortos e 1 milhão de desalojados, que foram abrigados em acampamentos, informaram nesta terça (4) as autoridades.
Rios transbordaram e atingiram milhares de aldeias em áreas de Bengala Ocidental e do nordeste do estado de Manipur, onde estradas e pontes foram fechadas e as comunicações interrompidas.
A maioria das mortes deveu-se a afogamentos, embora quatro tenham morrido no desabamento de terras que soterrou uma aldeia na fronteira entre Manipur e Myanmar, onde a chuva causou outros estragos.
O número de mortos, divulgado nessa segunda-feira, aumentou de 120 para 180 depois de terem sido descobertos mais corpos em Bengala Ocidental e no oeste do estado de Gujarate, onde o nível dos rios recuou e permitiu que as pessoas voltassem para suas casas.
“Cerca de 1,2 milhão de pessoas encontram-se abrigadas em cerca de 1.600 campos para refugiados, improvisados em escolas e outros edifícios governamentais”, disse à agência France Presse o ministro de Gestão de Riscos e Desastres, Javed Ahmad Khan, acrescentando que o transbordamento das represas tinha agravado a inundação em Bengala Ocidental, cuja Costa Leste foi depois atingida, na sexta-feira (31), pelo Ciclone Komen.
“O pior já passou. Agora é preciso concentrarmo-nos em providenciar ajuda e os melhores cuidados às pessoas desalojadas”, disse Gulab Singh, ministro de Gestão de Riscos e Desastres do Estado do Rajistão.
“Após terem recuperado quatro corpos”, as equipes de salvamento continuavam a tentar resgatar pessoas em Manipur, depois do deslizamento de terras que atingiu a aldeia no sábado (1º), disse o supervisor das operações, Jason Shimray.
A Índia, onde cerca de 80% da chuva anual ocorrem entre junho e setembro, enfrenta duras tragédias durante esta época do ano.