O chefe histórico da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, foi excluído nesta quinta-feira (20), aos 87 anos, do partido que ele cofundou e dirigiu por cerca de 40 anos, anunciou a Frente Nacional (FN) em um comunicado.
"A decisão completa será notificada em breve ao sr. Le Pen", que foi submetido a um procedimento disciplinar depois de declarações polêmicas, raciscos e antissemitas, informou a FN, dirigida desde 2011 pela filha de Jean-Marie, Marine Le Pen.
Le Pen reagiu imediatamente declarando se sentir indignado com a decisão do partido.
"Eu me sinto vítima de uma emboscada", declarou ao canal I-Téle.
Le Pen conseguiu em 2002 chegar ao segundo turno das eleições presidenciais.
Sua exclusão foi adotada pela maioria dos membros do conselho executivo depois de uma audiência, na qual Marine Le Pen se absteve de participar por conflito de interesses.
Esta expulsão definitiva acontece cinco meses depois do início da crise entre pai e filha, que desde que assumiu o comando do partido começou a se distanciar das posições mais extremas, apesar de manter o discurso nacionalista e contrário à imigração.
No entanto, a disputa pode não ter acabado, já que Le Pen anunciou que recorrerá à justiça.
Em julho, a justiça francesa anulou a decisão do partido de suspender a militância do antigo líder.