Bruxelas libera 9 milhões de euros para Áustria e Hungria

Concedido no quadro do Fundo de Asilo, Migração e Integração, o financiamento surge na sequência de pedidos formulados por Viena e Budapeste
Da ABr
Publicado em 08/09/2015 às 8:31
Concedido no quadro do Fundo de Asilo, Migração e Integração, o financiamento surge na sequência de pedidos formulados por Viena e Budapeste Foto: Foto: AFP


A Comissão Europeia anunciou hoje (8) a destinação de apoio financeiro de emergência no valor de 5 milhões de euros à Áustria e de 4 milhões à Hungria para ajudar os dois Estados-Membros no acolhimento de refugiados.

O financiamento, concedido no quadro do Fundo de Asilo, Migração e Integração, surge na sequência de pedidos nesse sentido formulados por Viena e Budapeste, e visa a aumentar a capacidade de recepção dos refugiados e a melhorar as infraestruturas e meios existentes nos centros de acolhimento.

“A crise de refugiados não se passa num sítio distante, está a suceder diante dos nossos olhos. Está a bater à porta de um Estado-Membro atrás do outro. Nenhum Estado-Membro na UE [União Europeia] pode enfrentar a questão sozinho. Só podemos ultrapassar esta crise se atuarmos como uma verdadeira união: se atuarmos com responsabilidade e solidariedade”, declarou o comissário responsável pelas Migrações, Dimitris Avramopoulos.

Nesta quarta-feira (9), a Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker vai apresentar a proposta de resposta da UE à atual crise de refugiados, às tragédias no Mar Mediterrâneo, à situação em Calais, Norte da França, e à rota dos Balcãs Ocidentais, que deverá contemplar uma fixação de cotas de refugiados que cada país deve acolher, num esforço de solidariedade europeia.

De acordo com um esboço da proposta ao qual a Lusa teve acesso, que ainda será alvo de discussões e poderá ser alterado, o executivo comunitário, que deverá apresentar seu projeto nesta quarta-feira, propõe um esquema de reinstalação urgente de 120 mil refugiados, para ajudar os três países mais afetados pelos fluxos migratórios – Itália, Grécia e Hungria –, cabendo a Portugal uma cota de 3.074 refugiados.

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