Comissão Europeia não reduzirá fundos de ajuda a países contrários a cotas de refugiados

O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, sugeriu a possibilidade de reduzir os fundos estruturais da UE aos países que rejeitam o plano de cotas de distribuição
Da AFP
Publicado em 15/09/2015 às 9:51
O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, sugeriu a possibilidade de reduzir os fundos estruturais da UE aos países que rejeitam o plano de cotas de distribuição Foto: Foto: ROBERT ATANASOVSKI / AFP


A Comissão Europeia negou nesta terça-feira (15) que seria favorável a uma redução dos fundos estruturais da União Europeia (UE) aos países que rejeitam as cotas de distribuição de refugiados, refutando assim as afirmações da Alemanha.

O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, sugeriu nesta terça-feira (15) a possibilidade de reduzir os fundos estruturais da UE aos países que rejeitam o plano de cotas de distribuição de refugiados.

"Os países que rejeitam as cotas são países que recebem muitos fundos estruturais europeus", completou o ministro, que lamentou a "falta de solidariedade de uma minoria".

"Me parece justo que recebam menos recursos financeiros da UE", disse Maizière em uma entrevista ao canal ZDF, ao apoiar a proposta neste sentido do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Mas Juncker "nunca disse isto", afirmou à AFP uma porta-voz da Comissão Europeia.

"Os acordos de associação e os programas operacionais para o período de programação atual não oferecem uma base legal para reduzir as atribuições dos fundos estruturais e de investimento, se um Estado membro rejeita os mecanismos obrigatórios de distribuição de refugiados", explicou a porta-voz.

A fonte destacou que "a introdução de tal condicionalidade exigiria uma revisão do financeiro plurianual". 

"Não é uma opção que exploramos atualmente", disse.

A ideia de reduzir as ajudas da UE "não é a maneira mais inteligente de chantagear", ironizou uma fonte húngara, antes de afirmar que existem "outras maneiras de mostrar solidariedade entre os Estados".

Na segunda-feira, os 28 Estados da UE não conseguiram chegar a um acordo sobre um plano de cotas obrigatórias por país para receber 120 mil refugiados.

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