Manifestantes entraram em confronto com equipes da polícia encarregadas de guardar uma cerca de fronteira no norte da Grécia. Os protestos contra o governo e a cerca ocorreram meio à indignação com uma série de acidentes marítimos que deixaram dezenas de imigrantes mortos. Os ativistas exigem que a Grécia derrube a cerca e permita que os refugiados atravessem por terra em vez de arriscar suas vidas no percurso marítimo para a Europa.
Cerca de 500 ativistas anti-governo, que viajaram de Atenas e várias cidades no norte da Grécia, se envolveram em confrontos perto da fronteira com a Turquia, depois de enfrentarem um cordão policial que bloqueava o acesso à cerca que se estende por mais de 10 quilômetros.
Os jovens, muitos vestindo capuzes e balaclavas, atiraram pedras na polícia. Os agentes de segurança lançaram granadas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra os ativistas. Não foram relatadas prisões ou ferimentos. O governo disse que não é possível remover a cerca por "razões práticas" e pediu aos outros países da União Europeia que acelerem o prometido apoio adicional para as operações de busca e salvamento no Mar Egeu.
A Grécia enfrenta dificuldades para lidar com uma onda de chegadas de imigrantes. Grande parte dos refugiados foge da guerra civil na Síria e outros conflitos. A travessia está se tornando cada vez mais mortal, enquanto o inverno se aproxima.
Mais de 60 pessoas, metade delas crianças, morreram nos últimos quatro dias ao tentar sair de costa turca para chegar a Lesbos e outras ilhas gregas. A maioria das mortes recentes ocorreu em um trecho de 8 quilômetros do mar que separa a Turquia do litoral de Lesbos. Fonte: Associated Press.