O Reino Unido pode sobreviver foram da União Europeia (UE), afirmou nesta segunda-feira (9) o primeiro-ministro David Cameron, que negou a ideia de defender a permanência no bloco se Bruxelas não atender sua lista de exigências.
"O argumento não é se a Grã-Bretanha poderia sobreviver fora da Europa. Claro que poderia", disse Cameron na conferência anual da Confederação da Indústria Britânica (CBI), a principal organização empresarial do país.
O primeiro-ministro convocará um referendo sobre a UE até o fim de 2017 e se comprometeu a defender a permanência no bloco se Bruxelas atender sua lista de reformas, que ele divulgará esta semana em uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
"Se não conseguir recebê-las, não descarto nada", disse, reiterando a advertência aos líderes de UE.
"Se estas coisas não forem acertadas, então a Grã-Bretanha naturalmente perguntaria: nós pertencemos a esta organização?", completou.
Cameron foi interrompido por dois ativistas partidários da saída da UE, que o acusaram de ser "a voz de Bruxelas", o que reflete a suspeita dos eurocéticos de que o premier decidiu defender a permanência britânica na União Europeia.
O primeiro-ministro identificou quatro grandes áreas nas quais deseja reformas: melhora da competitividade; maior "equidade" entre a Eurozona e o resto do bloco; questões de soberania, incluindo uma isenção de uma união ainda maior entre os países do bloco e, o mais difícil, endurecer as condições de benefícios para os migrantes europeus.