O presidente François Hollande decretou na madrugada deste sábado (14) o estado de emergência em "todo território" da França e fechou as fronteiras do país, após os "terríveis" ataques simultâneos em Paris, que deixaram ao menos 120 mortos.
"Duas decisões serão adotadas: o estado de emergência será decretado, com o fechamento de certos locais, a interrupção do trânsito e batidas policiais" em toda a região de Paris; e o "estado de emergência em todo território" nacional.
"A segunda decisão, que já está em vigor, é o fechamento das fronteiras, para garantir que as pessoas não possam voltar a cometer qualquer ato como estes, e impedir que aqueles que cometeram estes crimes possam sair do nosso território", explicou Hollande.
"Vamos, por minha decisão, mobilizar todas as forças possíveis para neutralizar os terroristas e garantir a segurança em todos os bairros ameaçados".
"Eu também convoquei reforços militares, e eles estão no momento na região de Paris para garantir que mais nenhum ataque seja realizado.
"Um conselho de defesa foi convocado para às 09H00 (06H00 Brasília)" de sábado. "Já estão convocados 1.500 militares suplementares", informou o presidente.
Em visita ao Bataclan, a casa de shows onde os terroristas mataram mais de 100 pessoas, Hollande afirmou que a França travará um combate implacável contra o terrorismo.
"Queremos estar entre aqueles que viram coisas horríveis, para dizer que vamos travar uma batalha e que ela será implacável".
O presidente já havia lamentado os "ataques terroristas sem precedentes" e manifestado seu "pesar pelas numerosas vítimas, por suas famílias, pelos feridos", afirmando ser preciso "dar provas de compaixão e solidariedade".
"Os que estes terroristas querem é nos assustar, nos aterrorizar. Há motivo para ter medo, pavor, mas diante deste medo há uma Nação que sabe se defender, mobilizar suas forças, e uma vez mais vencer os terroristas", completou o presidente.
Hollande, anulou a viagem à Turquia prevista para este domingo para participar da Cúpula do G20.