Depois dos ataques em Paris, a Polônia não poderá cumprir com os acordos europeus de realocação de migrantes, afirmou neste sábado (14) Konrad Szymanski, futuro chefe de Assuntos Europeus do governo conservador em fase de formação em Varsóvia.
"As decisões, que temos criticado, do Conselho Europeu sobre a realocação dos refugiados e migrantes a todos os países da UE ainda têm a força do direito europeu. (Mas) após os trágicos acontecimentos em Paris não vemos a possibilidade política de respeitá-las", disse Szymanski no site de direita wPolityce.pl.
Szymanski assumirá a pasta dos Assuntos Europeus no próximo governo conservador da primeira-ministra Beata Szydlo.
O partido eurocético Lei e Justiça (PiS) venceu as eleições legislativas de 25 de outubro, com um programa que denunciava a entrada de migrantes na Polônia.
O plano da Comissão Europeia prevê distribuir 160 mil migrantes que entraram na Europa pela Grécia e Itália entre os 28 Estados membros do bloco.
Este programa encontrou fortes resistências em muitos países do leste europeu.