O ministro do Interior libanês anunciou neste domingo a prisão de nove pessoas, incluindo sete sírios, em conexão com os atentados suicidas que mataram 44 pessoas na quinta-feira (12) em um bairro do sul de Beirute.
"Até agora, prendemos sete sírios e dois libaneses", afirmou Nohad Machnouk, que acrescentou que entre os detidos um dos libaneses planejava um outro atentado suicida.
O ataque, que foi reivindicado pela organização Estado Islâmico (EI), é o mais mortal cometido pelos jihadistas no Líbano e um dos mais sangrentos desde o fim da guerra civil (1975-1990).
Ele ocorreu em uma rua comercial lotada no distrito de Bourj al-Barajné, nos subúrbios do sul de Beirute, reduto do Hezbollah xiita.
"Toda a rede e seus colaboradores foram presos 48 horas" depois dos ataques, indicou o ministro do Interior, afirmando que o plano original era enviar cinco homens-bomba para que explodissem um hospital nos subúrbios ao sul.
"Mas eles tiveram que mudar os planos por causa das medidas de segurança em torno do hospital", disse ele. O EI e o Hezbollah, um aliado do regime sírio, estão em guerra neste país dilacerado por um conflito cada vez mais complexo e que já fez mais de 250.000 mortos desde 2011.