O novo governo conservador e eurocético da Polônia tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (13) com a promessa de endurecer a política de migração.
A primeira-ministra Beata Szydlo tem 14 dias para apresentar seu plano de política geral ao Parlamento e pedir sua confiança, que está garantida porque seu partido, Direito e Justiça (PiS), venceu com maioria absoluta as eleições legislativas de 25 de outubro.
"Centenas de milhares de sírios chegaram recentemente à Europa. Poderíamos transformá-los em um exército", disse no domingo o futuro ministro das Relações Exteriores, Witold Waszczykowski, ao canal público TVP Info.
"Dezenas de milhares de jovens saltam de seus botes infláveis com seus iPad nas mãos e, ao invés de pedir água ou comida, perguntam como recarregar seu telefone. Poderiam lutar em seu país para libertá-lo, com nossa ajuda", completou.
Waszczykowski garantiu, no entanto, que a Polônia cumprirá os compromissos do governo liberal de receber 9 mil refugiados como parte do plano europeu de distribuição.
Após os ataques de Paris, o político que deve assumir a pasta de Assuntos Europeus no novo governo, Konrad Szymanski, afirmou que existe uma relação entre a crise migratória e os ataques.
Durante a campanha eleitoral, o PiS prometeu ajustar o país com um programa que inclui uma ajuda de mais de 100 euros por filho a partir do segundo, reduzir de 67 para 65 anos a idade de aposentadoria e elevar o mínimo tributável.