A China manifestou nesta quinta-feira (19) sua confiança de que se chegará a um consenso durante a Conferência do Clima de Paris (COP21), mas considerou insuficientes os compromissos dos países desenvolvidos para reduzir as emissões de efeito estufa.
A China não vai rever para cima suas próprias metas de combate às alterações climáticas, disse Xie Zhenhua, o negociador-chefe para a conferência, que começa em 30 de novembro.
"Ainda há pontos de vista divergentes, mas eu acho que quando entrarmos na reta final das negociações todos os países irão exercer um papel construtivo, irão mostrar flexibilidade e na fase final, poderemos ser capazes de chegar a um consenso", explicou o negociador.
Os compromissos dos países ricos ainda não estão à altura do desafio, alertou em entrevista coletiva.
Um dos compromissos dos países desenvolvidos foi contribuindo 100.000 milhões por ano para os países em desenvolvimento para combater e se adaptar às mudanças climáticas. "É um longo caminho para alcançar esse objetivo", explicou Xie.
"A redução das emissões de CO2 por parte dos países desenvolvidos ainda não atingiu o nível necessário" para ficar abaixo dos 2°C o aumento da temperatura mundial com relação à era pré-industrial, disse Xie, também vice-ministro da poderosa agência de planejamento econômico chinês (CNDR).
Ainda não foi encontrada uma solução para o problema crucial da transferência de tecnologia dos países ricos para os países em desenvolvimento, lamentou.
À luz desses pontos, "não vamos mudar o nosso próprio propósito", insistiu Xie.
A China se comprometeu a atingir o pico de suas emissões de CO2 "por volta de 2030".