Os países ricos apresentaram nesta segunda-feira (30) na abertura na conferêcia do clima da ONU (COP21) várias iniciativas, junto ao setor privado, para estimular a transição energética a tecnologias limpas e ajudar os países mais necessitados.
O projeto "Missão Inovação" é liderado pelo presidente americano Barack Obama e seu homólogo francês François Hollande, assim como o co-fundador da Microsoft, Bill Gates.
O projeto, ao qual se juntaram cerca de vinte países, entre eles Arábia Saudita, Índia, China, Indonésia, Brasil, México e Chile, tem como objetivo duplicar os investimentos em tecnologias limpas nos próximos cinco anos.
"O Missão Inovação responde à urgência da mudança climática, à oportunidade que representa a inovação tecnológica, e ao imperativo internacional de enfrentar esse problema de forma mundial", explicou a Casa Branca em comunicado.
Gates lidera a parte privada do projeto, que conta com a participação dos líderes de 28 grandes multinacionais, como o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, o da Virgin, Richard Branson, e o magnata financeiro George Soros.
O Banco Mundial anunciou uma iniciativa de 500 milhões de euros para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões de gás de efeito estufa.
Na semana passada, o recém-eleito primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou a entrega de 2,65 bilhões de dólares ao Fundo Verde das Nações Unidas.
O Fundo foi criado há cinco anos com o objetivo de conseguir 100 bilhões de dólares em 2020 para ajudar os países pobres a adaptarem-se à mudança climática.
Alguns dos países doadores do Fundo Verde, entretanto, sofrem críticas pela falta de transparência de suas iniciativas. Os Estados Unidos, por exemplo, prometeu 3 bilhões de dólares no ano passado, quantia que ainda não foi desembolsada.