O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou firmemente neste domingo (6) o triplo atentado suicida realizado no sábado no Chade e reiterou o apoio da ONU a este país em sua luta contra o grupo jihadista Boko Haram.
Ban, citado em um comunicado, "condena os três atentados suicidas realizados na ilha de Koulfoua, do lado chadiano do Lago Chade, que provocaram a morte de mais de 30 pessoas e deixaram vários feridos".
"Estes atos abomináveis mostram novamente a brutalidade do Boko Haram", destacou Ban, convocando "novamente os países afetados pelo Boko Haram a atacar de maneira global e integrada as causas profundas desta tragédia".
O triplo atentado suicida cometido em um mercado chadiano no sábado, que deixou 30 mortos, incluindo os três suicidas, mostra novamente a capacidade dos islamitas nigerianos do Boko Haram de realizar ações organizadas, apesar da ofensiva militar mobilizada contra seus redutos.
Há meses, o Boko Haram multiplicou os atentados em aldeias chadianas do lago, situadas a alguns quilômetros da fronteira com a Nigéria.
O ataque mais sangrento na margem chadiana do lago ocorreu em 10 de outubro, com 41 mortos e 48 feridos.
O lago Chade está dividido entre Nigéria, Níger, Camarões e Chade. Embora sua superfície se reduza a cada ano devido às mudanças climáticas, abriga uma multidão de ilhas e ilhotas povoadas por pescadores. A vegetação densa que circunda o lago facilita a infiltração de islamitas do Boko Haram em território chadiano para cometer ataques.
Desde o início do ano, o exército chadiano participa de uma operação militar regional contra o Boko Haram, grupo que tem estendido suas operações além do nordeste da Nigéria, seu reduto, e que opera em países limítrofes.