A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) entregou nessa quarta-feira (9) uma petição à Casa Branca, com 547 mil assinaturas, para pedir uma investigação independente sobre o bombardeio norte-americano a um de seus hospitais no Afeganistão.
Em 3 de outubro, um ataque aéreo norte-americano a um hospital da organização durante uma ofensiva contra os talibãs, a norte na cidade de Kunduz, provocou a morte a 30 pessoas e obrigou a unidade – a única na região – a ser fechada.
Os Estados Unidos admitiram que o bombardeio ao hospital dos Médicos Sem Fronteiras se deveu a um erro humano “trágico” e que os militares responsáveis foram suspensos. Essa foi é uma das principais conclusões da investigação interna realizada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para esclarecer o bombardeio do hospital no Afeganistão.
“Não é suficiente que os perpetradores dos ataques a instalações médicas sejam os únicos investigadores”, disse Jason Cone, diretor executivo da MSF-EUA, num comunicado, apontando que apenas uma investigação independente por parte de um organismo internacional pode “restaurar a confiança” nos “compromissos dos Estados Unidos de apoiar as leis da guerra que proíbem tais ataques contra hospitais nos termos mais veementes”.