O diretor-executivo da organização ambiental Greenpeace, Kumi Naidoo, disse nesse sábado (12) que a aprovação do texto final da Conferência Mundial do Clima (COP 21) sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa representa o fim da era dos combustíveis fósseis.
Ao fim da assembleia que encerrou a conferência, Naidoo também defendeu que os investidores comecem a descontar o dinheiro de créditos obtidos com a redução da emissão de carbono para investir em fontes renováveis de energia. “O mais importante desta conferência é que a indústria dos combustíveis fósseis recebeu hoje a mensagem de que este é o fim da era das energias fósseis. Não podíamos imaginar que acabaríamos por conseguir um objetivo de limitação do aquecimento global a 1,5 grau Celsius [°C]”, destacou.
Em comunicado, a organização não governamental WWF defendeu medidas imediatas para reduzir a emissão gases tóxicos. Uma das cláusulas do acordo, que entrará em vigor em 2020, prevê que os 195 países que participaram da COP 21 adotem medidas para limitar o aquecimento global a 1,5°C, mas não define quando o resultado deve ser alcançado.
“Este novo acordo deverá ser continuamente fortalecido, e os governos vão precisar concretizar medidas para reduzir as emissões, financiar a transição energética e proteger os mais vulneráveis. As negociações de Paris também fomentaram anúncios e compromissos dos governos, das cidades e das empresas que demonstram que o mundo está pronto para uma transição para energias limpas”, ressaltou o WWF.
O Acordo de Paris, como foi chamado o documento final da 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), entrará em vigor em 2020. A cada cinco anos, os países deverão prestar contas sobre as ações desenvolvidas para evitar que a temperatura global aumente mais de 2 graus Celsius. A redução do aquecimento pretende evitar fenômenos extremos como ondas de calor, seca, cheias ou subida do nível do mar.