Conheça os principais candidatos ao governo da Espanha

Principais candidatos pertencem a novos e tradicionais partidos
Da AFP
Publicado em 18/12/2015 às 12:19
Principais candidatos pertencem a novos e tradicionais partidos Foto: Foto: AFP


Os quatro principais candidatos à presidência do governo da Espanha, todos homens, pertencem a dois novos partidos - Podemos e Ciudadanos - e aos dois partidos tradicionais, PP e PSOE.

Mariano Rajoy

Foto: AFP

Aos 60 anos, o conservador Mariano Rajoy pede aos espanhóis que votem em sua reeleição para seguir aplicando "a mesma política", centrada na contenção dos gastos e no crescimento.

Após uma drástica e dolorosa política de austeridade, o presidente do Partido Popular (PP, direita) afirma que "o mais duro da crise passou" e enfatiza em sua campanha a "recuperação" iniciada em 2014, prometendo completar o trabalho realizado com a criação de "dois milhões de empregos" novos em quatro anos, por meio de incentivos fiscais e uma formação melhor. Ele insiste na defesa das pensões dos aposentados, um de seus principais públicos.

O cidadão da Galícia, que trabalhou na área de registro de imóveis, aderiu ainda na juventude à Aliança Popular - fundada por ex-ministros do ditador Francisco Franco - que em 1989 passou a se chamar PP. 

Diante dos rivais jovens e de pouca experiência, se destaca com 34 anos de vida política, incluindo o período como ministro do então chefe de Governo José María Aznar.

Pedro Sánchez

Foto: Reprodução/Twitter

Com 43 anos, o socialista Pedro Sánchez deseja seguir os passos de seu ídolo, o ex-presidente do governo Felipe González (1982-96).  

Conhecido como "Pedro o belo", o professor de Economia de Madri passou a ser conhecido pelo grande público há dois anos. Primeiro secretário-geral do PSOE eleito em primárias, ex-vereador de Madri, é deputado no Congresso, onde criticou em muitas oportunidades a gestão de Rajoy. 

Se define como social-democrata e promete uma "renda mínima vital para as famílias sem recursos", assim como recuperar os direitos, segundo ele, cortados pela direita: direitos dos trabalhadores, dos imigrantes, das mulheres, direito à saúde e manifestação.

Admira o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi (Partido Democrata) e não esconde a afinidade com o primeiro-ministro francês, Manuel Valls (Partido Socialista).

Pablo Iglesias

Foto: Reprodução/Twitter

Aos 37 anos, Pablo Iglesias é o candidato do partido de esquerda radical Podemos, criado no início de 2014 para transformar "a indignação em mudança política".

Eleito em maio de 2014 para o Parlamento Europeu, o ex-professor de Ciências Políticas abandonou a universidade para ocupar o posto de europarlamentar, cadeira a que renunciou há dois meses para dedicar-se à campanha eleitoral.

O jovem madrileno com cavanhaque e rabo de cavalo é um forte crítico das políticas de austeridade impostas pela UE ante a crise. Defende o "repúdio à corrupção", a "defesa das classes populares" e o "direito à autodeterminação para catalães e bascos", embora deseje que a Espanha permaneça unida.

Seu partido tem orgulho da gestão dos prefeitos "indignados" de Madri, Barcelona ou Cádiz. Na Europa, seu partido é um grande aliado do grego Syriza. 

Albert Rivera

Foto: Reprodução/Twitter

O advogado de 36 anos Albert Rivera se apresenta à frente do partido liberal Ciudadanos, que registrou um grande avanço nas pesquisas ao denunciar a corrupção e as tentações independentistas.

Ex-conselheiro jurídico de um banco, o cidadão de Barcelona se dedica há oito anos com exclusividade à política. Grande orador e com grande presença nas redes sociais, foi deputado regional na Catalunha desde a criação de seu partido em 2006 até as últimas eleições regionais de setembro.

Com a bandeira da "mudança sensata", seu partido de centro-direita, nascido inicialmente para contra-atacar o separatismo catalão, é liberal nas áreas econômica e social. Propõe investimentos em pesquisa e educação, além do fim dos contratos de trabalho temporários com um "contrato de trabalho único".

Seu partido não comanda nenhuma cidade ou região, mas obteve um grande resultado nas regionais da Catalunha de setembro (17,9% dos votos, segunda maior força política). 

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