Acordo de paz na Colômbia não será assinado em março, diz negociador das Farc

Farc, a mais antiga guerrilha da Colômbia, formada em 1964 depois de uma revolta de camponeses, ainda conta com cerca de 7 mil combatentes
Da ABr
Publicado em 21/12/2015 às 6:45
Farc, a mais antiga guerrilha da Colômbia, formada em 1964 depois de uma revolta de camponeses, ainda conta com cerca de 7 mil combatentes Foto: Foto: AFP


O acordo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não vai ser assinado em março, como foi anunciado pelas duas partes, disse nesse domingo (20) um negociador dos guerrilheiros em entrevista na televisão.

“Em nome da verdade, devemos ser claros e dizer que em 23 de março não vai ser assinado o acordo final”, afirmou Jesus Santrich ao canal Noticias Uno.

Santrich, cujo nome verdadeiro é Seusis Pausivas Hernández, faz parte da delegação das Farc nas negociações com o governo, iniciadas em Havana (Cuba) em 2012.

No dia 23 de setembro, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, prometeu assinar um tratado de paz no prazo de seis meses com o líder das Farc, Timoleon Jimenez, conhecido por Timochenko.

No início de novembro, no entanto, a guerrilha considerou que a assinatura poderia ser atrasada devido a divergências.

As Farc, a mais antiga guerrilha da Colômbia, formada em 1964 depois de uma revolta de camponeses, ainda conta com cerca de 7 mil combatentes, segundo as autoridades.

O grupo respeita um cessar-fogo unilateral desde 20 de julho, enquanto é aguardada uma trégua bilateral prometida pelo presidente Juan Manuel Santos até este fim de ano.

Os mais de 50 anos de conflito deixaram pelo menos 220 mil mortos, 6 milhões de deslocados e milhares de desaparecidos.

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