Os chanceleres da Liga Árabe declararam "grupo terrorista" o movimento xiita libanês Hezbollah nesta sexta-feira (11), informou um diplomata de Bahrein.
Salvo Líbano e Iraque, que expressaram suas reservas, os demais participantes em uma reunião no Cairo da organização que conta com 22 países membros, aprovaram esta declaração promovida pelas monarquias do Golfo.
As seis monarquias do Golfo declararam o Hezbollah um grupo terrorista no início do mês.
Estas ricas monarquias petroleiras, onde vivem importantes comunidades libanesas de todas as confissões, inclusive xiitas, aplicaram a partir de junho de 2013 sanções contra membros do Hezbollah em represália pela intervenção armada da milícia na Síria.
O Hezbollah ( "Partido de Deus") foi criado por iniciativa da Guarda Revolucionária iraniana em 1982, depois da invasão do Líbano por Israel.
Combateu contra tropas israelenses até que estas se retiraram do sul do Líbano em 2000, depois de 22 anos de ocupação.
Seus detratores acusam o grupo de dominar o país e utilizar seu arsenal para controlar as decisões do governo.
Estados Unidos, Canadá e Austrália o consideram uma organização terrorista. A União Europeia considera terrorista o braço armado do movimento.