Gabriela Zapata, ex-gerente de uma empresa chinesa com contratos milionários com a Bolívia, depôs nessa sexta-feira (11) em um juizado de menores sobre o filho que teve com o presidente boliviano, Evo Morales, enquanto o governo afirma que a criança faleceu há anos.
Zapata, detida há três semanas sob a acusação de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, foi intimada a comparecer ao juizado para prestar esclarecimentos sobre o paradeiro da criança.
Os advogados de Zapata, 28 anos, não deram qualquer declaração à imprensa sobre se a criança, nascida há 8 ou 9 anos, está viva, alimentando o mistério sobre o caso.
"Temos a certeza" de que o menino faleceu, disse o ministro da Defesa, Reymi Ferreira, em declarações ao site El Deber.
Morales afirma que foi informado há alguns anos sobre a morte do filho, e que acredita nesta versão.
A polêmica sobre a criança surgiu após Pilar Guzmán, uma tia de Zapata, garantir que o filho de Morales está vivo.
"Conheço esse menino. Não morreu. Eu o tive nos meus braços", declarou Pilar à imprensa local.
O Ministério Público denunciou Zapata por utilizar escritórios da Unidade de Apoio à Gestão Social "com fins ilícitos de caráter pessoal" para obter "créditos econômicos e vantagens econômicas".
Ligados à presidência, os escritórios em questão são normalmente usados pelas primeiras-damas.
O MP acrescenta que Zapata "se fez passar por funcionária pública para manter relação com empresários e conseguir contratos com a chinesa CAMC".