Centenas de migrantes do campo de Idomeni, na Grécia, foram parados nesta segunda-feira (14) à tarde pelo exército macedônio depois de terem entrado no país por uma rota alternativa, constatou um jornalista da AFP.
Além disso, vinte jornalistas que acompanhavam a marcha que partiu no final do dia de Idomeni, e que continuava às 16h00 GMT (13h00 de Brasília), foram levados pela polícia para uma delegacia em Gevgelija, acrescentou o repórter, que faz parte do grupo de detidos.
Passando pelos campos e atravessando um rio, um pouco a oeste de Idomeni, os migrantes conseguiram passar pela cerca de arame farpado erguida pela Macedônia, que bloqueou na semana passada a passagem de migrantes em Idomeni, para entrar em território macedônio, na cidade de Moin.
Mas o exército cercou o grupo e fez com que todos sentam-se no chão, com o propósito claro de organizar o seu regresso à Grécia, enquanto interpelava os jornalistas e ativistas que acompanhavam a marcha.
De acordo com outros jornalistas da AFP, várias centenas de migrantes ainda seguiam caminhando no início da noite em direção a Moin. Não foi possível determinar se alguns conseguiram escapar das forças macedônias.
Esta é a primeira vez que um movimento dessa magnitude ocorre desde que a passagem de Idomeni foi fechada na segunda-feira passada.
Em 29 de fevereiro, cerca de 300 manifestantes que tentavam forçar a passagem foram alvejados com gás lacrimogêneo disparado pelas forças de ordem macedônias.
Atualmente, pelo menos 12.000 migrantes seguem bloqueados em Idomeni, em condições terríveis.