A diabetes é uma grave doença, apesar de frequentemente não provocar sintomas. Tem importante associação ao risco cardiovascular, assim como a hipertensão e o colesterol elevados. O tratamento envolve sempre adequar a alimentação e usar medicamentos. Entretanto, nenhum dos remédios disponíveis havia demonstrado redução no risco cardíaco, apesar do controle da glicose sanguínea. Ou seja, mesmo com a diabetes sob controle, os pessoas continuavam tendo mais problemas cardíacos
Um medicamento de nome empaglifozina muda completamente este cenário. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine, demonstrou que o grupo de pessoas que utilizou a substancia apresentou considerável redução no número de eventos cardiovasculares, reduzindo a mortalidade cardiovascular em quase 40% além da redução de acidentes vasculares cerebrais.
A empaglifozina é um inibidor do cotransportador de sódio e glicose e atua diminuindo a reabsorção de glicose no rim, fazendo com que mais glicose seja eliminada na urina. Consequentemente, leva à diminuição da glicose no sangue. Além disso, há evidência que a medicação age também promovendo diminuição da pressão arterial e aumentando o HDL, que é a lipoproteína que transporta o colesterol para o fígado a fim de ser metabolizado.
Porém, há um efeito colateral a ser considerado: os pacientes do estudo apresentaram maior incidência de infecções urinárias e da região genital devido ao aumento de glicose na urina.
O medicamento já está aprovado para uso no Brasil. Entretanto, infelizmente ainda com custo do tratamento mensal elevado. Converse com seu médico e saiba se o seu perfil é adequado para o uso desta nova opção de tratamento.