Britânicos que vivem há mais de 15 anos no exterior anunciaram que levarão à Suprema Corte a proibição de votar no referendo sobre a União Europeia, depois de perderem nesta sexta-feira (20) a batalha na segunda instância.
Um tribunal de apelação britânico deu razão nesta sexta-feira a um tribunal inferior e estimou que a proibição não viola o direito à liberdade de movimento dentro da UE, como sustentam os expatriados.
Harry Shindler, um idoso veterano britânico da Segunda Guerra Mundial que vive na Itália, e Jacquelyn MacLennan, britânica residente na Bélgica, levaram o caso aos tribunais.
Seus advogados, do escritório Leigh Day, anunciaram que apelarão à máxima instância judicial porque consideram que "2 milhões de cidadãos britânicos veem seu direito ao voto ser negado ilegalmente".
A Suprema Corte examinará na terça-feira este caso que provocou certa inquietação, porque pode obrigar a adiar o referendo de 23 de junho se a justiça acabar dando razão aos expatriados.
Os britânicos que estão há mais de 15 anos no exterior não podem votar nas eleições gerais ou no referendo.
Já os irlandeses e os cidadãos de países da Commonwealth que vivem no Reino Unido, assim como os de Gibraltar, podem votar.