As fortes chuvas que têm atingido a França em geral desde o início da semana levaram o governo a manter um alerta para 13 departamentos do país nesta sexta-feira (3), principalmente em Paris, onde o rio Sena pode chegar a seis metros, informou o serviço de meteorologia do país.
Do total, 12 departamentos estão em alerta laranja, indicado para que a população fique em alerta em relação às suas atividades usuais. O único em alerta vermelho, último nível da escala, é o de Seine-et-Marne.
Um homem de 74 anos morreu na quinta-feira (1) em Seine-et-Marne, e a ministra da Ecologia da França, Sègolène Royal, não descartou a possibilidade de encontrar mais vítimas quando o nível da água voltar ao normal na região. Segundo a polícia, o homem foi levado pelas enchentes depois de ter caído de seu cavalo.
Esta é a segunda morte nesta semana desde que o rio Sena começou a subir, atingindo seu nível mais alto desde 1982. Uma mulher de 86 anos foi encontrada morta em sua casa inundada em uma vila próxima, disse o Ministério do Interior na quinta-feira, e mais de 2.000 pessoas foram retiradas da região.
O nível da água continua a subir no centro de Paris. As águas do rio Sena atingiram 18,2 pés nas primeiras horas da sexta-feira, e de acordo com as autoridades, poderiam atingir um pico de 19 pés no final do dia - duas vezes a sua altura normal.
"Esperamos que os níveis de água comecem a diminuir neste fim de semana", disse o vice-prefeito de Bruno Julliard, falando na rádio nacional.
É incomum as ruas de Paris inundarem porque o trecho do rio Sena, que atravessa a cidade está alinhado com altos aterros. No entanto, o aumento dos fluxos em direção à capital levou as autoridades a se prepararem para o pior.
O chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, disse que edifícios governamentais ao redor da cidade tem um plano de emergência para esvaziar determinados porões se um alerta for emitido.
A chuva está afetando a indústria turística da cidade, que tem se esforçado para se recuperar de ataques terroristas e meses de greves e protestos contra a reforma trabalhista. O museu do Louvre, uma das instituições culturais mais visitadas do mundo, foi fechado ao público nesta sexta-feira e implementou um plano de emergência para retirar as obras de arte.
O Musée d'Orsay - um outro museu ribeirinho que abriga obras de Van Gogh, Manet e outros mestres impressionistas - e a Biblioteca Nacional François Mitterand no leste de Paris, também foram fechados nesta sexta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.