Um coro de homossexuais cantava enquanto velas tremulavam ao cair da noite, em meio a bandeiras com as cores do arco-íris, em uma vigília em memória dos 49 mortos no massacre de Orlando.
Homossexuais, heterossexuais e famílias com crianças se aglomeravam no jardim de um centro de arte.
Muitos se davam as mãos, ou se abraçavam, enquanto Orlando, cidade conhecida por seus parques temáticos, permanece sob o choque do mais sangrento ataque nos Estados Unidos desde os atentados de 2001.
Além dos 49 mortos na boate Pulse, 53 pessoas ficaram feridas no ataque realizado por Omar Mateen, um americano de origem afegã, que foi abatido pela polícia.
Os oradores falavam tanto em inglês como em espanhol, já que a maioria das vítimas tinha origem latina.
As mensagens exortavam esta cidade da Flórida a se unir em um momento de imensa dor, e apelavam à comunidade LGBT a não se render ao medo.
Joe Brennan, um engenheiro de 52 anos, disse que a principal mensagem da vigília é muito simples: "não deveria ser tão fácil ter acesso às armas e os inocentes devem ser protegidos".
Alex Hartdegen, uma estudante de arte de 20 anos, considerou que o debate não deve ser sobre as armas, mas sobre como ensinar as pessoas a viver e deixar viver.
"Simplesmente deveria ser sobre aceitar todos, não importa se você concorda com ele ou não. Não é um problema para ninguém como você vive, ama ou se apaixona pelas outras pessoas".
Ao final da cerimônia, enquanto a multidão permanecia em silêncio segurando velas brancas, o sino de uma igreja tocou 49 vezes, para cada uma das vítimas.
Em seguida, ao som de "Let it be" dos Beatles, quatro balões subiram ao céu.