Chile: protestos contra reforma da educação resultam em confrontos com a polícia

Os críticos reclamam que as reformas abrangem apenas os alunos da faixa mais pobre da população
ABr
Publicado em 06/07/2016 às 7:29
Os críticos reclamam que as reformas abrangem apenas os alunos da faixa mais pobre da população Foto: Foto:MARTIN BERNETTI / AFP


Estudantes chilenos tomaram as ruas da capital, Santiago, nessa terça-feira (5), em protesto contra as reformas educacionais do governo e exigindo a renúncia da ministra da Educação, Adriana Delpiano.

Na segunda-feira (4), o governo chileno encaminhou para o Congresso um projeto de reforma do ensino superior, visando a instaurar gradualmente o ensino gratuito; os estudantes, contudo, não gostaram do projeto.

Segundo o portal de notícias Vanguardia, os protestos ocorreram na capital, assim como em Valparaíso, Temuco, Valdivia e Concepción. Os confrontos com a polícia resultaram em 140 detenções, com alguns casos de ferimentos, incluindo o espancamento de um jornalista.

Enquanto 165 mil estudantes podem frequentar 30 universidades de graça este ano, os críticos reclamam que as reformas abrangem apenas os alunos da faixa mais pobre da população.

A educação no Chile é uma das mais caras do mundo: os estudantes chilenos pagam até cinco vezes mais do que os seus colegas dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O problema persiste desde o governo de Pinochet, que submeteu o país a reformas neoliberais.

No ano passado, a presidenta chilena, Michelle Bachelet, aprovou a chamada "lei rápida", que visa a fomentar a educação pública gratuita, reformando o legado de Pinochet. Contudo, a reforma não agradou a todos.

Há um mês, em outro ato contra a reforma da educação, estudantes chilenos invadiram o palácio presidencial de La Moneda, em Santiago.

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