Um ataque contra um mausoléu xiita ao norte de Bagdá deixou 30 mortos e 50 feridos na madrugada desta sexta-feira (8) - informaram forças de segurança iraquianas em um comunicado.
Além de homens-bomba, armas e morteiros foram usados na invasão, segundo o comunicado divulgado pelo Comando de Operações Conjuntas.
Os agressores atacaram com tiros de morteiro o mausoléu Sayid Mohamed, situado em Balad, 70 km ao norte de Bagdá, antes que suicidas entrassem no prédio para abrir fogo.
Em um mercado próximo ao mausoléu, outros dois homens se explodiram e um terceiro foi morto antes de ativar os explosivos que carregava junto ao corpo, revelou um oficial iraquiano.
Ao menos 16 pessoas morreram no mês passado em Balad em ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), contra um café e contra as forças de segurança.
O ataque desta sexta ocorre cinco dias após o atentado com um micro-ônibus que deixou cerca de 300 mortos em Bagdá.
O atentado em Bagdá, realizado quando a população fazia compras antes do feriado do Aid el Fitr, que marca o final do mês de jejum do Ramadã, provocou a ira dos iraquianos, que criticam cada vez mais a incapacidade do governo em enfrentar os terroristas.
A ação, uma das mais sangrentas no Iraque desde 2003, foi reivindicada pelo EI, que assumiu em 2014 o controle de grandes áreas no território iraquiano, mas tem perdido terreno para as forças governamentais, apoiadas por aviões da coalizão internacional liderada pelos EUA.
Apesar deste recuo, o grupo jihadista sunita permanece cometendo atentados, especialmente contra a comunidade xiita, majoritária no Iraque.