Doze recém-nascidos morrem em incêndio em hospital de Bagdá

Somente outros sete bebês conseguiram se salvar, sendo levados a outro hospital da capital
AFP
Publicado em 10/08/2016 às 12:58
Somente outros sete bebês conseguiram se salvar, sendo levados a outro hospital da capital Foto: Foto: SABAH ARAR / AFP


Ao menos doze recém-nascidos morreram nesta quarta-feira (10) em um incêndio provocado por um curto-circuito em um dos maiores hospitais de Bagdá, segundo um novo balanço fornecido por equipes médicas e de segurança iraquianas.

Apenas sete bebês conseguiram se salvar, e foram levados a outro hospital da capital, declarou aos jornalistas Jasem Latif al Hijami, responsável pela Direção de Saúde de Bagdá.

O incêndio foi declarado pouco depois da meia-noite no hospital Yarmuk, no oeste da cidade, devido a um curto-circuito, indicou o porta-voz do ministério da Saúde, Ahmed al Rudeini.

Os serviços de segurança isolaram o perímetro enquanto as equipes médico-legais inspecionavam a sala incendiada. Os familiares, irritados, se concentraram em frente ao estabelecimento, à espera de mais informações das autoridades.

Devido aos poucos dias de vida dos falecidos e dos danos causados pelo fogo, os cadáveres eram difíceis de identificar, o que aumentava a dor de pais e parentes.

Um Ahmed se dirigiu ao hospital Yarmuk para visitar uma parente que havia acabado de dar à luz. O recém-nascido morreu no incêndio e a mãe sofreu queimaduras, explicou.

"Disseram-nos: 'você o encontrará na câmara frigorífica'", declarou Um Ahmed.

"Eu o encontrei em uma pequena caixa de papelão, mas não estou certa nem mesmo se é a criança", explicou a mulher, vestida de preto.

Um funcionário do ministério do Interior confirmou o balanço de 12 mortos, informando que outros três bebês estão sendo tratados por asfixia.

A maioria dos hospitais públicos da capital iraquiana sofrem com a falta de serviços de qualidade, o que leva muitos iraquianos a utilizar estabelecimentos privados.

A falta de serviços públicos de qualidade em matéria de saúde, água e eletricidade motivou uma série de manifestações no ano passado.

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