O primeiro-ministro da Líbia, Fayez al-Sarraj, apelou à comunidade internacional para ajudar seu país na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI). "A Líbia carece da ajuda internacional na luta contra o Estado Islâmico", disse al-Sarraj em uma entrevista nesta quarta-feira (10) ao diário italiano Corriere della Sera.
Ele ressaltou que "o EI é um inimigo complicado, astucioso e perigoso, não só para o nosso país, mas também para a Itália, a Europa e o mundo".
Acrescentou que o grupo "vai usar todos os meios para enviar seus combatentes à Itália e Europa em geral". Ele também não excluiu a presença de terroristas entre os migrantes que constantemente chegam às costas européias, através do Mediterrâneo.
"Temos de resolver este problema em conjunto; o Estado Islâmico representa uma ameaça para todos nós", disse ele. Ao explicar a decisão da Líbia sobre o pedido de ajuda dos Estados Unidos, que começou no dia 1º de agosto, para lançar ataques contra o EI perto da cidade de Sirte, al-Sarraj disse que isso foi feito para "prevenir futuras perdas entre a população civil e nossos soldados".
"Pedi a intervenção por meio de ataques aéreos norte-americanos, que devem ser cirúrgicos, limitados no tempo e no espaço geográfico e sempre coordenados com a gente, nós não precisamos das tropas estrangeiras no território líbio", afirmou ele.
Paralelamente aos ataques norte-americanos, desde junho passado continua uma operação terrestre das milícias Misurata, leais às novas autoridades.
A Líbia está em uma crise profunda desde 2011, ano em que foi deposto e morto Muammar Khaddafi, líder do país durante várias décadas.