Mais de 30 civis morreram nesse sábado (13) em Beni, cidade do leste da República Democrática do Congo, em um massacre atribuído a rebeldes ugandeses, indicou neste domingo uma fonte militar.
Supostos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF) de Uganda mataram "trinta pessoas", disse à AFP o tenente Mak Azukay, porta-voz do exército.
"Acabamos de encontrar os corpos" no bairro Rwangoma de Beni, acrescentou o porta-voz contactado por telefone a partir de Goma, capital da província de Kivu do Norte.
"Já há 35 corpos no necrotério do hospital de Beni", disse Gilbert Kambale, presidente da sociedade civil da cidade.
Rwangoma é um bairro periférico de Beni, cidade fronteiriça com o parque de Virunga (lugar onde se refugiam grupos armados), no norte de Kivu do Norte.
O ataque foi registrado 72 horas após uma viagem do presidente Joseph Kabila pela região, onde prometeu fazer todo o possível para impor a paz e a segurança.
"O presidente da República passou por aqui e agora nos matam!", disse Gilbert Kambale.
O ataque foi registrado entre as 19h00 e as 23h00 (14h00 e 18h00 de Brasília), disse a fonte.
As forças da ADF se esquivaram das posições do exército para "massacrar a população em represália" pelas operações das forças de segurança na zona.
A cidade e o território de Beni, no norte da província de Kivu do Norte, registraram desde outubro de 2014 uma série de massacres que deixaram até agora 600 civis mortos.