O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, decretou estado de emergência nas áreas atingidas pelo terremoto da última quarta-feira (24) e aprovou a destinação imediata de 50 milhões de euros para enfrentar a crise.
Os investimentos se concentrarão nos municípios de Amatrice e Accumoli, no Lazio, e Arquata del Tronto - principalmente o distrito de Pescara del Tronto -, em Marcas, os mais afetados pelo tremor. "A reconstrução daqueles vilarejos é prioridade do governo e do país", declarou Renzi.
Ele ressaltou, no entanto, que a Itália não pode ter apenas uma visão "emergencial", o que sempre ocorre após desastres naturais na península. "Agora é o momento em que, todos juntos, sem divisões políticas, devemos tentar dar um salto de qualidade com um projeto que não seja limitado a emergências", afirmou.
Por causa disso, o primeiro-ministro anunciou o projeto "Casa Itália", uma iniciativa para promover a "cultura da prevenção" e aumentar a proteção da infraestrutura italiana contra abalos sísmicos. "A prioridade imediata é assegurar aos nossos conterrâneos um lugar para dormir", disse ele, acrescentando que os desalojados têm o direito de permanecer no lugar de suas "próprias raízes".
O ministro das Finanças, Pier Carlo Padoan, anunciou um bloqueio dos impostos aos cidadãos das áreas afetadas pelo tremor.
Além do grande número de mortes causadas pelo terremoto de quarta-feira (24), há também os danos ao patrimônio histórico italiano. Segundo dados do governo, 293 bens culturais e monumentos foram afetados pelo sismo, dos quais 50 estão severamente avariados.
"Certamente é um número destinado a subir, dada a vastidão da área atingida", afirmou o ministro dos Bens Culturais da Itália, Dario Franceschini. De acordo com ele, a reconstrução das cidades deve respeitar as características de seus centros históricos, mas com proteção contra terremotos.
"Esse é um desafio que devemos enfrentar. Aqueles lugares devem voltar a ser do mesmo jeito que eram há algumas horas", acrescentou.