O ex-agente de inteligência americano Edward Snowden, refugiado na Rússia depois de ter revelado métodos de espionagem em grande escala, pediu nesta terça-feira ao presidente Barack Obama que conceda o perdão, alegando que o que fez foi um bem ao país.
Snowden está há três anos em Moscou por ter vazado milhares de documentos que trouxeram à tona o sistema de vigilância mundial dos Estados Unidos, desencadeando um vivo debate sobre o direito à privacidade frente à atuação do Estado.
"Se não fosse por esta divulgação, por essas revelações, estaríamos pior", declarou ao jornal britânico The Guardian.
"Sim, há leis que dizem uma coisa, mas para isso existe o poder do perdão, para coisas que parecem ilegais no papel, mas, quando examinadas do ponto de vista moral, da ética, quando vemos o resultados, parece que eram necessárias", argumentou.
O americano de 33 anos alegou que conta com muitos apoios, porque "o público se preocupa com esses temas muito mais que havia antecipado".
Snowden, cuja permissão de residência na Rússia vence no próximo ano e que nas últimas semanas tem criticado seu anfitrião, o presidente russo Vladimir Putin, disse que está preparado para passar um tempo na prisão. "Estou disposto a fazer muitos sacrifícios pelo meu país".
Em 2015, a Casa Branca rejeitou um pedido assinado por 150.000 pessoas para que perdoasse Snowden.