O parlamento venezuelano, de maioria opositora, retoma nesta terça-feira (13) o debate sobre a responsabilidade política do presidente Nicolás Maduro na grave crise do país, uma medida que visa a declará-lo em abandono de cargo e reaviva a tensão entre legislativo e executivo.
A oposição suspendeu o julgamento para facilitar o início do diálogo com o governo, em 30 de outubro, mas há uma semana congelou as conversações por considerar que o chavismo não cumpriu com os primeiros acordos.
O principal objetivo da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) era uma saída eleitoral para a crise, com a reativação do processo de referendo revogatório contra o presidente - paralisado pelo poder eleitoral em 20 de outubro - ou a antecipação das eleições.
Descartadas essas possibilidades, a MUD retoma sua ofensiva contra Maduro depois de críticas internas e dos eleitores por participar no diálogo, que o Vaticano e a Unasul, os promotores, querem reativar.