A permissão de religioso para a morte de mulheres de famílias sírias tem sido a "solução" para evitar os estupros cometidos pelo exército sírio, segundo relatos. Famílias têm adotado tal postura e algumas mulheres praticado até o suicídio para se livrar dos ataques das forças do regime de Bashar al-Assad, da mílicia libanesa do Hezbollah ou do Irã no leste de Aleppo.
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De acordo com o Jornal O Globo, as histórias ganharam força após a reprodução nas redes sociais da carta de uma enfermeira da área cercada de Aleppo. A mulher escolheu o suicídio diante da possibilidade de "cair nas mãos de animais do Exército Sírio".
“Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve serão violadas. Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós e os animais que estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Eu não quero nada de você. Nem mesmo suas orações. Ainda sou capaz de falar e acho que a minhas orações são mais verdadeiras do que as suas. Tudo o que peço é que não assuma o lugar de Deus e me julgue quando eu me matar. Eu vou me matar e não me importo se você me condenar ao inferno! Estou cometendo suicídio porque não quero que meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar o nome de Aleppo dias atrás. E quando você ler isso saiba que eu morri pura apesar de toda essa gente”, diz a carta que não tem a veracidade comprovada.
Nas redes sociais também circulam informações sobre pais que estão pedindo autorização a líderes religiosos e da oposição governamental para assassinar as próprias filhas. As forças sírias executaram mais de 80 pessoas em Aleppo somente nessa segunda-feira. Entre elas, crianças e mulheres.