Kremlin rejeita acusações 'sem fundamento' dos EUA

Porta-voz do Kremlin também acusou os Estados Unidos de quererem "destruir definitivamente" as relações com a Rússia
AFP
Publicado em 29/12/2016 às 19:58
Porta-voz do Kremlin também acusou os Estados Unidos de quererem "destruir definitivamente" as relações com a Rússia Foto: Foto: Saul Loeb_AFP


A Rússia rejeita "categoricamente" as acusações "infundadas" de Washington sobre sua suposta ingerência nas eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, declarou nesta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, após o governo americano anunciar sanções contra Moscou.

"Rejeitamos categoricamente as afirmações e as acusações infundadas sobre a Rússia", disse Peskov, citado pela agência de imprensa russa Ria-Novosti.

Ele também acusou os Estados Unidos de quererem "destruir definitivamente" as relações com a Rússia e prometeu aplicar medidas "adequadas em resposta às novas sanções americanas".

Os Estados Unidos querem "destruir definitivamente as relações russo-americanas que já chegaram ao limite"", afirmou Peskov.

A Rússia "reagirá de forma adequada", ressaltou.

O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas contra a Rússia por suposta interferência nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, incluindo a expulsão de 35 agentes de Inteligência russos e o fechamento de instalações russas em solo americano.

"Ordenei um número de ações em resposta ao agressivo assédio do governo russo a funcionários americanos e a operações cibernéticas contra a eleição americana", explicou Obama, segundo um comunicado da Casa Branca, no qual prometeu outras ações no futuro.

"Estas ações se seguem às repetidas advertências públicas e privadas que demos ao governo russo e são uma resposta necessária e apropriada aos esforços para prejudicar os interesses americanos, em violação às normas internacionais", destacou Obama.

As agências americanas de Inteligência concluíram que a pirataria e a difusão dos e-mails do Partido Democrata e de sua candidata à Presidência, Hillary Clinton, foi planejado para beneficiar a eleição do republicano Donald Trump, que tem elogiado o presidente russo, Vladimir Putin.

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