Um tribunal de Seul começou nesta quinta-feira (30) a sessão para decidir se aceita o pedido da promotoria para prender, de maneira preventiva, a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, por sua participação no esquema de corrupção conhecido como "Rasputina". A informação é da Agência EFE.
Embora não seja obrigada, a ex-presidente se apresentou na corte para assistir a audiência, convocada para ouvir os argumentos das partes, e, em seguida, emitir um veredito, o que deve acontecer no fim do dia ou no início desta sexta-feira (31).
Se a corte aceitar o pedido dos promotores, que acusam Park de 13 crimes, a ex-presidente, que foi destituída do cargo no último dia 10 pelo caso de corrupção, seria presa imediatamente e transferida para um centro de detenção ao sul de Seúl.
No local já estão presos a amiga Choi Soon-sil, conhecida como a "Rasputina" por sua proximidade com Park - com quem supostamente conspirou para criar uma rede com o objetivo de extorquir empresas -, além do herdeiro do grupo Samsung, Lee Jae-yong, por ter pago propinas no esquema.
Os veículos de imprensa sul-coreanos transmitiram ao vivo o trajeto que a ex-presidente fez da sua casa, no bairro de Samseong - onde cerca de 2 mil policiais contiveram centenas de seguidores de Park -, até o tribunal, onde chegou com fisionomia séria e se negou a dar declarações.
A promotoria considera Park suspeita de crimes como abuso de poder, coação, revelação de segredos de Estado e suborno, esse último punido pela lei sul-coreana com um mínimo de dez anos de prisão e até prisão perpétua.
Se o tribunal acatar o pedido da promotoria, Park será o terceiro ex-chefe de Estado sul-coreano a ser detido, após Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo.